O Projeto de Lei do Legislativo nº 016/2022, de autoria do vereador Egon Ackermann (Republicanos), foi aprovado na sessão ordinária desta terça-feira, 20 de dezembro. A matéria legislativa denomina de Rua Fredolino Lubenow o trecho sem saída de 2 km de extensão, com entrada no Km 5 da Rua Seibsberg (passando a Linha do Sol), à direita, sentido centro-bairro, e, no sentido contrário, localiza-se à distância de 2,7 km da Sociedade Linha Pirajá, à esquerda, na Linha Pirajá Baixa.
Conforme a justificativa do projeto de lei, Fredolino Lubenow era filho de Frederico Lubenow e Carolina Manthey Lubenow. Nasceu em 4 de Janeiro de 1911, em Nova Petrópolis, e seu faleceu no município no dia 27 de Setembro de 1978, atingindo a idade de 67 anos. Fredolino Lubenow casou-se com Adalina Jahn em 13 de janeiro de 1934. O casal teve 6 filhos: Alipio, Almiro, Valéria, Ilson, Ivone e Normélia.
“Fredolino era neto de imigrantes alemães que vieram da antiga Província da Prússia, que hoje é a região ao Norte da Alemanha e Norte da Polônia. Sua língua era o Pomerano. A propriedade onde se localiza a rua que se pretende denominar pertenceu à família desde a aquisição por Fredolino até o falecimento da esposa Adalina, que ocorreu em 1994, quando o filho herdeiro pôs a propriedade à venda”, afirma Egon.
A matéria legislativa explica que, em meados de 1850, a Europa estava em crise, a miséria era grande e a esperança inexistente. Nesse período, a Imperatriz Dona Leopoldina, esposa de Dom Pedro I, enviou um anúncio à Europa que divulgava o Brasil como um país onde havia grande oportunidade de terem suas próprias terras e uma esperança de vida digna. O intuito era substituir a mão de obra escrava pelo cultivo das terras pelos imigrantes Europeus. Chegando no Rio de Janeiro, os sobreviventes da longa viagem de navio foram recebidos pela Imperatriz Dona Leopoldina, que falava alemão. Então, os imigrantes eram enviados para o Rio Grande, após, a Porto Alegre, por fim, chegavam a São Leopoldo, onde ficavam até serem destinados aos lotes de terras preparados pelo governo da Província.
“Os Pomeranos foram destinados a algumas localidades aqui em nosso município, dentre elas, Linha Pirajá Baixa. O avô de Fredolino Lubenow era proprietário de 28 hectares, tendo precisado vender 10 hectares, restando um total de 18 hectares. A família criava porcos, gado de leite, plantavam batata-doce e inglesa, aipim, feijão, cana-de-açúcar e milho. Também eram apicultores e tinham um rico pomar de frutas, dentre outros cultivos que aconteciam em menor escala. O volume que não era consumido pela família era usado para escambo ou venda na cidade”, destaca Ackermann.
Desta forma, reconhecendo a importância das pessoas que trabalharam para o desenvolvimento da região, o projeto de lei busca homenagear Fredolino Lubenow por sua contribuição ao município de Nova Petrópolis.
CRÉDITO DA FOTO: Jordana Kiekow | Comunicação CVNP
Fonte: Câmara de Vereadores de Nova Petrópolis