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NOTÍCIAS

21/07/2022

Em sessão ordinária, secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente presta esclarecimentos sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais de Nova Petrópolis

Jorge Luiz Lüdke explicou a situação vivenciada pelos agricultores do município no período da estiagem

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O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Jorge Luiz Lüdke, esteve presente na sessão ordinária desta terça-feira, 19 de julho. Na ocasião, Lüdke prestou esclarecimentos sobre a situação vivenciada pelos agricultores do município no período da estiagem e os possíveis auxílios que estes deixaram de receber.

O secretário foi convocado por meio do Ofício nº 023/2022, que foi feito em razão do requerimento encaminhado pelo vereador Egon Ackermann (Republicanos). Conforme o documento, a motivo da convocação foi para que Lüdke explicasse “os motivos do Município não ter decretado situação de emergência devido à seca e, assim, os produtores rurais deixaram de receber auxílios, bem como descontos nos financiamentos bancários”.

De acordo com Jorge, a Prefeitura Municipal decretou situação de emergência em decorrência da estiagem no dia 4 de março de 2022, por meio do Decreto Municipal nº 038/2022.

“Durante a estiagem, o nosso município não foi tão impactado com a seca como outras regiões. Mas, mesmo assim, tínhamos alguns problemas pontuais. Alguns produtores que plantaram milho, por exemplo, e isso também depende da época da plantação, tiveram mais perda. Fazendo uma média dos resultados das colheitas, o município não teve problemas graves. Porém, o Executivo Municipal juntou dados da estiagem com a EMATER, com o Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café e com outros órgãos. Vendo as estatísticas, a situação de emergência foi decretada em março. Na mesma época em que o decreto foi assinado, as chuvas voltaram a ocorrer no município. Então, houve um recuo no momento de mandar esses dados para o Governo do Estado, pois, para o Estado homologar a perda dos produtores, o Município teve que preencher o Formulário de Informações do Desastre, conhecido como FIDE. Portanto, o formulário foi preenchido, o município decretou situação de emergência e quando íamos mandar os dados, as chuvas voltaram, e desistimos”, afirma o secretário.

Lüdke também explica que, no momento em que a Administração Municipal desistiu de mandar os dados da estiagem para o Governo do Estado, não se tinha o conhecimento da existência de uma vantagem para os produtores rurais.

“A vantagem seria de que 32% da dívida com o banco seria ‘perdoada’, mas aplicando essa porcentagem sob as prestações de investimento que venciam entre 1º de abril e final de junho de 2022. Porém, ressalto que não é igual para todo o produtor. Por exemplo, agricultores que obtiveram recursos do banco com custeio agrícola, estavam assegurados com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, o PROAGRO. Ou seja, esses produtores não se enquadraram nessa vantagem que o Governo Federal ofereceu. Mas, como comentei, a nossa situação não foi tão grave como em outras regiões, claro que essa vantagem ajudaria o agricultor, mas não salvaria sua produção. Nós não conseguimos juntar números e dados suficientes que justificassem a calamidade pública em Nova Petrópolis, que é decretada pelo Estado, pois a parte da lavoura sofreu um pouco, mas a parte da criação de animais não sofreu. Por isso, destaco que a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente oferece ajuda aos agricultores dentro dos programas que oferece”, relata Jorge.

Diante dos esclarecimentos do secretário, o vereador Josué Drechsler (MDB) perguntou se a Prefeitura Municipal possui dados mais precisos quanto às dificuldades que os agricultores de Nova Petrópolis enfrentam. Lüdke declarou que não se tem o nome dos produtores, mas que os dados referente à perda na agricultura são bem estimados.

“Alguns lugares do município são mais secos que outros. Então, uns produtores tiveram mais perda que outros. E, também, depende da época em que o agricultor realizou sua plantação, como comentei antes. Poderíamos saber exatamente quais produtores tiveram perda com um relatório dos bancos. Mas, saliento que, como secretário, estou à disposição para conversar com as pessoas que tiveram dificuldades, assim como toda a minha equipe. Com os programas oferecidos pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, sempre estamos dispostos a ajudar”, disse Jorge.

Já a dúvida do edil Paulo Antônio Heylmann (MDB) foi sobre os agricultores que não possuem empréstimo, e que também tiveram perdas, mas que não tem direito a benefícios.

“O sistema não funciona assim. O produtor que possui financiamento no banco, tem todo o seu cadastro e suas informações na instituição financeira, ou seja, um monte de questões fazem com ele se enquadre para ganhar o recurso”, explica Lüdke.

Concluindo os esclarecimentos, o secretário também falou sobre o abastecimento de água para os produtores rurais.

“Durante a estiagem, a Administração Municipal e a CORSAN abasteceram as residências do município com caminhões-pipa. Essa água foi retirada dos poços da localidade de São José do Caí e do poço artesiano do Ninho das Águias, e conseguiu suprir a necessidade da população naquele momento, então não podemos afirmar que faltou água em Nova Petrópolis durante a seca, e os agricultores também foram beneficiados com esse suporte”, afirma Lüdke.

CRÉDITO DAS FOTOS: Jordana Kiekow | Comunicação CVNP

Fonte: Câmara de Vereadores de Nova Petrópolis