É na propriedade de Beno Seibt e família, localizada em Linha Araripe, que são produzidas oito toneladas de figo durante a safra da fruta, que dura aproximadamente dois meses. “Durante o dia eu e a mulher cuidamos, de noite e final de semana os filhos ajudam”, conta o agricultor de 67 anos. Ao todo, Beno tem na propriedade 200 pés de três variedades de figo: Negrito, Roxo de Valinhas e Pingo de Mel. O diferencial da produção é que há três anos ela é orgânica, ou seja, não leva agrotóxico nem nas plantas nem no solo. “Invisto no orgânico porque o veneno não faz bem pra saúde e também tem custo”, explica o agricultor.
Os figos da família possuem diferentes destinos: 1,5 toneladas são transformadas em schmier de figo em calda. O restante é vendido in natura na estrada e para uma indústria alimentícia de Nova Petrópolis. Mas há outro destino muito importante para onde vão os figos produzidos por Beno. A Festa do Figo. O agricultor expõe no evento há cerca de 40 anos, já tendo tido frutas premiadas. Neste ano o produtor se preocupa, pois os figos demoraram a nascer e ainda não estão maduros o suficiente. No entanto, a expectativa para a festa, que neste ano acontece dias 2 e 3 de fevereiro, é otimista. “Planejo uma venda de, no mínimo, uma tonelada nos dois dias de festa.” Daniel Michaelsen (MDB), presidente do Legislativo Municipal, enfatiza que a tradição de produzir figos precisa ser mantida. “Assim as famílias se unem para colher e produzir schmier, figos em calda. A Festa do Figo valoriza o trabalho do produtor.” O presidente também aponta que percebeu um crescimento no evento ao longo dos últimos dez anos. “Melhorou muito, pois existe comprometimento da organização e comunidade.”
A produção anual de figos em Nova Petrópolis é 370 toneladas plantadas em 42 hectares de 67 produtores, de acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente Lucas da Costa de Lima. A região que mais produz figos é o Vale do Caí.
Fotos: Jéssica Zang/ CVNP
Fonte: Câmara de Vereadores de Nova Petrópolis